∞
Não sei deles a cor! Imagino seus formatos.
Agentes desses anos todos de exploração.
Enumerando uma ordem que dificulta a união.
Se dizem infinitos – é mastigando a esperança
como uma sopa invisível.
Coisificando as nobres ações,
taxando as opiniões,
oscilando o sentido da vida.
- São os números esses soldados ordinários que pesam o ser?
Tendo, constará
como um recado:
1. Anunciando a posse.
2. Estabelecendo a idade.
3. Fracionando a unidade.
- Os numerais são os carrascos da ordem?
Aumentando ou diminuindo as qualidades,
encerrando-as em quantidades.
Quanto ao bom, não se enumera.
A justa iniciativa ignora hora, tabela.
Na justiça está implícita a manutenção
ao futuro
que em tudo é cartela, cautela.
Os números solucionam as dúvidas. São entidades mágicas.
- Sem poder de criação?
Com os números, esse alfabeto sempre maiúsculo das divisas, conquistamos a liberdade da tecnologia sem arestas. A energia na informação é apenas sobremesa.
Alcançamos o binário:
0 – 1
Ora veja!
Dois:
[o sábio – a besta] [o eu – o outro] [o in – o iang]
o Ter - ou Seja:
a dualidade pretendida
consistente
do Cosmos.
Como num campo,
jardim,
em que uma semente
é sempre a promessa de milhares.
Única e tantas
nela mesma.
= Os símbolos numéricos são apenas o produto de nossas virtudes.
Mudas testemunhas do processo de emancipação humana das garras das certezas.
O transitório é genérico... Na longa procura da unidade.
O corpo sem a idéia dos números seria apenas oco objeto, de corpo:
objeto e objetivo
X
material e imaterial
Comum e Todo
Como um ao todo!
Ainda temos semelhantes que com lapso orgulho abre as palavras à oração:
- “ Não sou materialista!”
- Somos matéria, mãe das idéias. Respeitemos a essência que nos constitui, que nos cerca.
Por nós perigosamente, dos números servente.
Talvez assim...
O luxo - o lixo
seja um...