28 de jan. de 2011

nu.me nu.mero:








Passeio constantemente entre os algarismos...
Não sei deles a cor! Imagino seus formatos.

Agentes desses anos todos de exploração.
Enumerando uma ordem que dificulta a união.

Se dizem infinitos – é mastigando a esperança
como uma sopa invisível.
Coisificando as nobres ações,
taxando as opiniões,
oscilando o sentido da vida.

- São os números esses soldados ordinários que pesam o ser?

Tendo, constará
como um recado:

1. Anunciando a posse.
2. Estabelecendo a idade.
3.  Fracionando a unidade.

- Os numerais são os carrascos da ordem?

Aumentando ou diminuindo as qualidades,
 encerrando-as em quantidades.

Quanto ao bom, não se enumera.
A justa iniciativa ignora hora, tabela.

Na justiça está implícita a manutenção
ao futuro
que em tudo é cartela, cautela.

Os números solucionam as dúvidas. São entidades mágicas.

- Sem poder de criação?

Com os números, esse alfabeto sempre maiúsculo das divisas, conquistamos a liberdade da tecnologia sem arestas. A energia na informação é apenas sobremesa.

Alcançamos o binário:

 0 – 1

Ora veja!
Dois:
 [o sábio – a besta] [o eu – o outro] [o in – o iang]

o Ter - ou Seja:

a dualidade pretendida
consistente
do Cosmos.

Como num campo,
 jardim,
em que uma semente
é sempre a promessa de milhares.
Única e tantas
nela mesma.

= Os símbolos numéricos são apenas o produto de nossas virtudes.
Mudas testemunhas do processo de emancipação humana das garras das certezas.
O transitório é genérico... Na longa procura da unidade.
O corpo sem a idéia dos números seria apenas oco objeto, de corpo:

objeto e objetivo
X
material e imaterial

Comum e Todo
Como um ao todo!

Ainda temos semelhantes que com lapso orgulho abre as palavras à oração:
- “ Não sou materialista!”
- Somos matéria, mãe das idéias. Respeitemos a essência que nos constitui, que nos cerca.
Por nós perigosamente, dos números servente.

Talvez assim...

O luxo - o lixo
seja um...

Ora veja!









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