9 de nov. de 2010

[“os animais iam à flora...”]





Comoção sem quê
nessa estrada

Varo o dia




Arregaço

Com ou sem

Tesão

Existe
um lamento
Lamento
rola em azul torpor
feito
estrelas brincam
brincam
na cacimba
dia molho mais
não paro de ralhar
gostoso
feitio responsável
na turba

Não parece
Atrapalho
Peguei esse carro
essa nave, esse barco
numa noite quê
meio dia era visto
nessa lua bem alta
em flocos
se desfazendo
uma nuvem
alargava a escuridão

E vc sempre seria
uma estrela...
Vagas na escuridão
guiam seus passos.

Todo o céu é marinho
tolo véu
que forma em escuro
a sua paisagem.

Só – Escuridade
Ouvi conselhos
mas, todos eram só
Atrapalho
tem mas não!



Gozei um bocado
Meus manos
Evadidos



Num gole um desejo
um desejo de encurtar
minha pele através de ti
["uma faísca dos teus zóios
veio fazer beira no meu tesão"]
Prometendo
sincero só, já
fulgindo 
aqui de fora

Nunca me engano
da hora Senhora...
Eu vou partir num canto
minha sorte tem hora.

E antes da manhã
eles disseram
melhor partir
nessa  estrela


E é bom
é  como existe
Iludido
essa estória de dor
a solidão já carrega
passa a cura
tristeza cai no poço
ao sol do meio dia

Um vento à venta
tenho
[“os animais iam à flora...”]







Não tenho
nenhuma vontade de partir...




.34









Um comentário:

UN VOYAGEUR SANS PLACE disse...

Partir não é uma questão de vontade, e sim de tempo...

E os olhos que se estão a imiscuir-se no acto: realmente forte essa passagem.

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