7 de jun. de 2009







Trás
essa dúvida
demora muito em perceber
apego bom não arranhe
os motivos que calam no imprevisto
destas manhãs.

Vai pra abril
os dias que lembrei
vc explorava os encontros
querendo anunciar
por detrás das nuvens,
soltas e cinzas
que viria rever
num apego
esses traços de chover.

Chove chuva, chove sem parar...








Num verde
planto
luz no ossuário,
na memória pendida.

Canto a canto
a hora é vaga,
a fé testemunha.

No previsível
martelo
de minhas lembranças.

Foi-se o mote
na guinada
à tona
quebrando os
subversivos
versos.







Certamente
onde foi todo
foi tudo.

Aonde foi tatuado
seu nome
o jardim ainda esconde
seu nome mesmo assim
gravado por mim
minora a estupidez
dessa nave
em que seguíamos
cometas.









Inveterado e regressando à tona.

Testamento mineral
reino vegetal
sem vaga religião
ou superstição
que avalia.


Grande enunciado
em conselhos
enormes novelos
úmidos e tão consistentes
das notícias
sendo escritas
a duas mãos.

Registrar sendo lei solta
sendo ao lume
testado antes de encarregar
a novidade
com pedidos
pessoais.

Inveterado e
investindo em somas
antes que a vergonha escape
dando conselhos
consistentes
que ao seu tempo avalia.

Antes demais.
Antes que sim, porque sim.




E vc vai sair
na escuridão da sala
pra ir
num outro plano
eu lhe ajudo a pensar
o drama
sempre vívido
intocado.

Tem esse aceno
mas nosso plano
não é uma vela. Biruta
que ao vento acena.









Tem um sumo do amor
na verdade dos leões.

Uma causa que a vontade
não satisfaz nem grita.
Reconhece logo a sua fonte
destaca o preguiçoso enlace
de seu, no seu lado.

Perturbando a tinta
deixando antes ver
que da lua cai
sua dura realidade
e estremece
entre nós.







Supurante
febril
escusado
resta na praia
o afogado.

Espumando
as ondas
ternas miríades
violentas em vagas
cospem seu corpo
ao descoberto da areia
que centelha.

Ele teria a lembrança de partir.
Não fosse seu peito,
sem gesto, cheio de mar
salgando demais
as suas veias.







Eu sei fazer
uma canção
que me serve
de aurora.

Penetrando
as terras
e voltando ao ar
pela respiração
dos seres.

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