Aerostato
Arte no Homem do Vale
aerostatousina.blogspot.com
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Sentir a música é uma evolução na humanidade, com um pouco de entusiasmo. A mais introspectiva melodia nos dar, ao saber, o caráter de toda uma arte.
Assim como os tambores pré-históricos animaram nossas fogueiras o que é SINT [de sintética] em música alimenta um espírito primitivo residente em nós. Seria mesmo uma faculdade humana que diferente das outras tecnologias [artes] anima nosso convívio, conforta, auxilia o metabolismo, desperta e relaxa a mente, quer queiramos ou não. Somente o nariz também é atacado assim, a culinária e a perfumaria explicam... Animados pela música [e já é bem prático dizer nisso que aqui nesse contexto música é todo o som ouvido, consciente ou não, curtido ou... Sentido. Sim, porque é necessário para o bem dos nossos sentidos que saibamos fazer a distinção acertada entre: Música – Arte; a música – Som, e “aquela música” - Canção de sucesso:
mú.si.ca
Letra: Michaelis
s. f. 1. Arte e técnica de combinar
sons de maneira agradável ao ouvido.
2. Composição musical. 3. Execução
de qualquer peça musical.
4. Conjunto ou corporação de músicos.
5. Coleção de papéis ou livros em que estão
escritas as composições musicais.
6. Qualquer conjunto de sons.
7. Som agradável; harmonia. 8. Gorjeio.
9. Suavidade, ternura, doçura.
10. Fam. Choro, manha.
Letra: Michaelis
s. f. 1. Arte e técnica de combinar
sons de maneira agradável ao ouvido.
2. Composição musical. 3. Execução
de qualquer peça musical.
4. Conjunto ou corporação de músicos.
5. Coleção de papéis ou livros em que estão
escritas as composições musicais.
6. Qualquer conjunto de sons.
7. Som agradável; harmonia. 8. Gorjeio.
9. Suavidade, ternura, doçura.
10. Fam. Choro, manha.
O bom questionamento inclui no sentido os ruídos produzidos pelas diferentes máquinas, com ou sem nossa atenciosa regência e observação.
Dos motores e aparelhos elétricos salta um arranjo mixado aleatoriamente aos sons da fala, com os jingles publicitários, o rádio sintonizando um jabá, do corpo mesmo arrastando uma função, etc. Concorrem concertando uma sinfonia que ou acalma ou morde o já atacado juízo imprevidente. Animada por essa orquestra nossas relações interpessoais são cheias de memórias, coisa pelo bem sentido, sabido, que somente nos acomete com os aromas, sendo nesse caso o olfato mais preciso, imediato. Um ruído bem empregado faz maravilhas ao cérebro da gente, pesquisas não muito divulgadas relatam que mesmo as plantas sentem e reagem ao som do ambiente.
Acabo de ser apresentado a uma jovem através de um livro que me caiu na leitura [textos dos anos 30 do século passado], de educadora reformista e brilhante ativista na política trabalhista ela se entregou ao desumano trabalho nas fábricas daquela época para sentir e analisar o que representava o trabalho com as máquinas para o esforço, o espírito e a razão humana. A usina, enquanto drama, ensaiou em Simone [Weil,1909-1943] a impressionante iluminação de que o ser, sendo filho dos sentidos, submetido aos rigores do convívio com o som caótico que exala da máquina se embrutece, anestesiado pelo ritmo em desajuste com o seu organismo. O desenraizamento era um tema constante de suas anotações. Numa visionária pauta das reivindicações proletárias ela nos sugere que até mesmo os barulhos sonoros desses “instrumentos” devem ser ajustados ao sentido humano.
Demora um pouco as obras que estão na moda me chegarem à leitura, por vezes a aceitação na oferta só me faz guardá-las em casa esperando o meu sorteio para assimilação, esse filme mesmo vi apenas há uns meses atrás, já conhecia a resenha, trilha sonora, conheço Las e Bjork de primeira hora, mas vá lá... Estímulos normalmente só me alcançam significativos ao meu ritmo, o da casualidade. É mágico ver como a literatura, a música e o cinema me chegaram para esta nova utopia: alguma coisa muito bonita e coerente está acontecendo com a gente, a terra está nos ensinando a amá-la, respeitá-la, como a grande mãe que também deveria ser a escola, a cidade, a usina/fábrica. E é lindo e acertado o que Simone escreveu pra nós: “Que o ser não só saiba o que faz, mas, se possível, perceba o uso. Perceba a [sua] natureza modificada por ele. Que pra cada um, seu próprio trabalho seja um objeto [motivo] de contemplação.”
Platão orava que a sociedade é um organismo, grande e animal, que somos obrigados a servir e alimentar e que temos a fraqueza de adorar. E analisando essa metáfora legado deste grego [o orador do sujeito x objeto] devemos ainda nos perguntar:
E lembrem-se: A verdadeira arte é não se isolar...
...
Um comentário:
É um texto interessante. Reflexão muito boa essa das máquinas. Dá um certo medo de no futuro o ser humano se torno "supérfluo", não só pelas máquinas, mas pela massificação da vida, do desprezo pelo que é individual e único. Só o que é de carne e osso pode ter sentimentos, não é? E não é só o sentimento que conduz a vida?
Fica com Deus, sheli. Até breve.
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